sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Procrastinação

llTudo bem. Concordo que a palavra seja realmente esquisita. Talvez você nunca a tenha ouvido antes, mas certamente já caiu na armadilha deste hábito. E o que é pior, talvez isto seja uma atitude que você tem mais rotineiramente do que imagina.
Sabe quando você precisa resolver algo e diz para si mesmo ou para alguém: “Ah...amanhã eu faço”. E este amanhã vai ficando para depois de amanhã e às vezes nunca chega.
Procrastinar é deixar para depois, adiar. Lembra-se quando tinha de estudar para a prova e deixava para a última hora? Ou aquele compromisso que você sabia que deveria ter marcado e deixou para lá? Pois é, você procrastinou.
Este é um hábito que em algum nível atinge mais de 60% da população. Quando acontece de vez em quando, tudo bem. Afinal você tem o direito de estar cansado ou sem disposição para fazer algo naquele exato momento. O problema acontece quando isto se torna uma atitude constante.
Pesquisas da Universidade de Windsor, no Canadá, comprovam inclusive que os procrastinadores têm normalmente mais estresse e problemas agudos de saúde do que aquelas pessoas que concluem suas tarefas no momento oportuno. E talvez você se pergunte: Ué, mas aquele que é “cuca fresca”, que deixa as coisas para depois não deveria teoricamente ser mais tranqüilo e ter uma saúde melhor?
A linha de raciocínio não está totalmente incorreta. O grande problema é que a procrastinação gera um acúmulo de tarefas posterior e um desprendimento muito maior de esforço e energia para a resolução destas situações. Como exemplo, voltamos ao caso dos estudos. Se as pessoas estudassem a matéria pouco a pouco, fizessem os trabalhos, entregassem as tarefas, não precisariam passar noites em claro no final do ano estudando um volume muito maior de matéria. No entanto, segundo outra pesquisa sobre o assunto da Universidade de Calgary no Canadá relata que entre os universitários a procrastinação atinge inacreditáveis índices de 90%. 
Porém o fato mais preocupante é que para alguns a procrastinação serve como “fuga”. Em determinadas situações, o “deixar para depois” serve como uma interessante alternativa para evitar um suposto fracasso, para o receio de cometer erros ou obter um mau desempenho.
 Outro fator determinante para a procrastinação é a indecisão. Quando as pessoas não sabem qual decisão tomar, acabam deixando esta decisão para “quando não tem mais jeito” e assim ao tomarem a decisão, inconscientemente se defendem dizendo a si mesmo e aos outros que certamente poderiam ter feito melhor se tivessem mais tempo ou tivessem começado antes. Ou seja, em muitas ocasiões a procrastinação serve como álibi.
A procrastinação pode ser considerada nociva quando interfere no rendimento, na qualidade de vida da pessoa em questão e das pessoas que estão ao seu redor, seja em ambiente profissional ou até mesmo familiar. Infelizmente o que acontece é que diversas oportunidades são desperdiçadas, pois não são aproveitadas no momento exato que aparecem.
É fundamental que você assuma de uma vez por todas o controle da sua vida. Se quiser ser feliz, faça isso agora.
Ou vai procrastinar mais uma vez?

Dr. José Carlos Carturan Filho é Cirurgião Dentista, Especialista em Medicina Comportamental e MBA em Gestão de Saúde e Mkt

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