sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Mentalidade antiga


Alguns dados merecem ser avaliados criteriosamente. Seria acaso o fato de mais de 70% das empresas com maior destaque no ‘Guia 2012 das Revistas Exame/ Você S.A. sobre as 150 Melhores Empresas Para Você Trabalhar’ terem nota superior a 85% de aprovação no que diz respeito ao investimento sobre desenvolvimento de seus funcionários? Mais uma pergunta: sabia que este critério é mais relevante para os funcionários do que o próprio salário?
Pois é. E sabe por quê? Porque as pessoas correlacionam diretamente o investimento em treinamentos e desenvolvimento com perspectivas de crescimento profissional, de ascensão na carreira. 
Há algumas décadas um grande empreendedor do ramo de empresas aéreas já dizia: “Investir em treinamentos é caro. NÃO investir é MUITO MAIS CARO”.
Acha bobagem? Então perceba se já se deparou com este quadro: profissionais que chegam atrasados e não veem a hora de o relógio chegar àquela fantástica hora de ir embora; que aos poucos vão perdendo rendimento, começam a ter problemas de relacionamento dentro da empresa. As faltas vão aumentando, afastamento por atestado médico, atrasos e reclamações também. Pouca concentração no que fazem, desperdício de materiais e insumos. Vivem insatisfeitos com seu trabalho, desmotivados, sem perceber perspectivas de mudanças, se queixam aos colegas sobre o ‘descaso’ da empresa, contaminam o ambiente. Não buscam reciclagens e ficam no ciclo de entrega de tarefas SMM (Sempre a mesma....mesmice)
A saída para o empresário?- Das duas uma: ou ignora e finge que está tudo bem, apesar de reclamar aos quatro ventos sobre o funcionário ou a mais radical. Demite e contrata outro. Encargos trabalhistas para quem sai, novos gastos para a nova contratação. O novo contratado, por sua vez deverá passar pela experiência, pela adaptação à função, aos companheiros, à política da empresa e se tudo der certo consegue ser efetivado. E adivinha o que acontece? Um ciclo semelhante ao descrito acima começa.
Parece ‘chover no molhado’, mas infelizmente ainda é cultura em algumas empresas não investir em treinamento. As justificativas? Não é fácil mensurar o resultado, ou o retorno sobre o investimento e que não adianta preparar as pessoas porque elas podem a qualquer momento ir embora da empresa. Mentalidade um tanto quanto obsoleta.
Como exigir comprometimento do funcionário que fica anos em uma empresa sem receber um mínimo de desenvolvimento por parte desta? E mais uma pergunta:em tese, onde seria aplicado este desenvolvimento obtido, quem desfrutaria desta melhoria? Logicamente a própria empresa.
Ainda não está convencido? Pois bem, mais alguns dados importantes: Segundo a Fundação Getulio Vargas, 86,3% dos problemas nas empresas são de ordem comportamental e de acordo com a Revista Vida Simples 75,1% dos profissionais apontam a desmotivação como fator que impacta negativamente em seu rendimento.
Seria importante se sua empresa contasse com profissionais comprometidos, dedicados, eficazes e com visão empreendedora? Então, ajude-os a desenvolver estas e outras competências. Pode ter certeza, é bem mais gratificante e mais barato do que este eterno ciclo ‘contrata-demite’.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Ansiedade


llCertamente em algum momento, por menor que tenha sido isto já aconteceu com você. Seu coração começou a bater mais forte, sua respiração ficou mais intensa, suas pupilas ficaram dilatadas e talvez isso tenha interferido até na qualidade do seu sono. 
Aconteceu quando você foi fazer aquela entrevista de emprego, ou quando você teve de apresentar algum trabalho na escola, conduzir uma reunião. Ou ainda quando você finalmente tomou coragem para dizer o que sentia pela pessoa amada. 
Este “friozinho na barriga”, este sentimento de ansiedade é que nos prepara para nossos desafios. Mas talvez você se pergunte: “Peraí, quer dizer que ansiedade é bom?”. E eu respondo. SIM. Desde que seja sentida de maneira equilibrada e positiva. E vou ainda além.
A ansiedade está em nosso código genético, vem de nossos antepassados e é responsável pelas nossas reações de Luta e Fuga. Sem ela a espécie humana não teria sobrevivido na evolução. O sentimento de ansiedade nos deixa preparados para enfrentar nossos desafios do dia-a-dia.
O grande problema é que o homem moderno, apesar de não ter mais de se defender de ursos, leões e tigres, possui outros “bichos” até mais ferozes que estes. Duvida? Desemprego, violência, trânsito, contas para pagar e por aí vai.
E o que acontece então? Ficamos constantemente preparados para enfrentar estes obstáculos. Mas isto ainda não é o que faz a ansiedade ser um grande inimigo da saúde.
 O problema é quando ficamos ansiosos sem motivos. Quando nos ‘pré ocupamos’ com algo.
A nossa mente e nosso corpo não diferenciam um perigo real de outro “perigo” criado por nós mesmos.E ficamos então constantemente preparados para enfrentar estes tais perigos.
Sabe quando você se preocupa com a prova que terá daqui a duas semanas? Quando fica criando na sua cabeça verdadeiras teorias conspiratórias, achando que fulano ou beltrano não gostam de você? Ou pior, quando você sofre por coisas que estão absolutamente fora do seu controle?
Pois é. Mesmo que isto só esteja acontecendo na sua cabeça, fisiologicamente o seu corpo se prepara para a situação. 
E quando seu corpo se prepara para enfrentar estes desafios, joga em sua corrente sanguínea um hormônio chamado cortisol. Este hormônio é muito importante para nosso organismo, mas quando em quantidades excessivas no nosso corpo faz com que nosso sistema imunológico seja afetado e fiquemos mais expostos a males como infartos, hipertensão, derrames cerebrais e outras doenças que podem nos levar a morte. Além disso, a ansiedade constante e excessiva também gera os chamados transtornos de ansiedade como, entre outros a síndrome do pânico, a fobia social e o famoso TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo). O efeito em curto prazo da ansiedade é devastador para nossa saúde.
A pergunta é: Como você vem lidando com as coisas? Tem dado atenção a pessoas e coisas realmente importantes ou fica se pré ocupando com bobagens? 
Pense nisso com carinho. Manter bons pensamentos e atitudes está no seu controle. 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A Cura Mente-Corpo


llComentar sobre os comportamentos do ser humano e a influência que estes comportamentos exercem no processo de cura pode parecer complexo à primeira vista, mas ao analisarmos as bases de estudo com atenção, veremos que em nosso cotidiano já nos deparamos com diversas situações deste tipo.
 Depois de observar o desenlace de diversos casos de tratamento de seus pacientes o Dr. Milton Erickson, considerado o pai da hipnose moderna, criou e passou a reconhecer a teoria de que há estreita conexão entre o cérebro, a mente e o corpo no processo de recuperação dos indivíduos.
Baseado neste conceito, o renomado Dr. Ernest Rossi, PhD em psicobiologia passou a pesquisar e estudar casos clínicos onde os pacientes eram submetidos à rigorosa avaliação e passavam por inúmeros processos conjuntos ao tratamento convencional. Nestes estudos foram medidos diversos componentes neurológicos e fisiológicos do organismo da pessoa no momento do início do tratamento e depois de ministrados os medicamentos convencionais e os medicamentos chamados placebo (que não possuem ação específica nos sintomas ou na doença). Além disso, foram observadas criteriosamente as maneiras com que estes pacientes reagiam ao tratamento.
Os resultados foram espantosos. Os pacientes que demonstravam maior confiança na equipe médica (fator muito importante), mais otimismo em relação à cura e possuíam maior alegria e bom humor apresentaram melhora no quadro clínico muito mais significativa, mesmo sob o efeito de placebos, do que os pacientes que se demonstravam pessimistas, céticos e desconfiados em relação ao tratamento.
Vejam bem, quando digo melhora significativa, estou falando de resultados mensuráveis e não na teoria do “eu acho”. Exames detalhados foram realizados e apresentaram melhora considerável nos níveis de anticorpos, células de defesa do organismo e imunoglobulinas. Os sintomas da doença também haviam diminuído visivelmente e os pacientes encontravam-se num quadro geral extremamente satisfatório.
O Dr. Ernest Rossi, apoiado em seus estudos, afirma que a expectativa positiva de cura por parte do paciente consiste em até 50% de uma recuperação bem sucedida. Nestes casos, o próprio organismo combate o estresse causado pela doença e libera substâncias como as endorfinas (neurotransmissores) responsáveis pelo relaxamento do indivíduo frente aos transtornos que a doença causa.
Atualmente, apesar de ainda gerar inúmeras controvérsias, esta teoria já adotada há vários anos na Europa, Estados Unidos e Canadá, passou a ser mais bem aceita na América Latina e por profissionais brasileiros na área da saúde.