sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A Busca do Herói

llPoderes sobrenaturais, vestimentas e capas cheias de recursos, força além da conta, inimigos cruéis e também poderosos e mais uma série de outros atributos que nos parecem tão distantes. Talvez estas sejam as imagens que nos vem à mente quando pensamos no termo ‘Herói’.
Personagens existentes desde os mais remotos tempos, heróis são figuras arquetípicas que reúnem em si os atributos necessários para superar de forma excepcional os problemas que surgem em seu caminho, principalmente àqueles onde os obstáculos e dificuldades parecem intransponíveis. 
Independente da época e das correntes de estudo (filosóficas, religiosas, mitológicas ou literárias) o herói é marcado por uma projeção ambígua, ao representar por um lado a condição humana, em suas falibilidades e complexidade psicológica, social e ética e, por outro, transcendendo a mesma condição, na medida que apresenta facetas e virtudes que um homem comum normalmente tem dificuldades em obter, como fé, coragem, força de vontade, determinação e paciência, entre outras. 
O herói é normalmente guiado por propósitos nobres e altruístas, como  liberdade, fraternidade, sacrifício, coragem, justiça, nobreza, paz e motivações moralmente justas ou eticamente aprováveis.
Popularizados através dos contos, das histórias em quadrinhos, do cinema e de outras mídias, a cultura de massa absorveu a figura do ’’super-herói’’, indivíduos dotados de atributos extraordinários que os impulsionam a obter resultados inimagináveis para seres considerados comuns.
Enquanto a maioria das pessoas se acomoda, amedronta ou sucumbe diante de adversidades e desafios, é exatamente nestes momentos que as capacidades que poderiam estar até então inexploradas dentro do herói, surgem e resultam em esforços e feitos extraordinários. Diversas destas características heróicas pulsam dentro de cada um de nós e ouso dizer que muitas já foram usadas em momentos normalmente críticos de nossa vida. 
Heróis são pessoas como nós, que vivemos uma jornada composta de desafios e obstáculos diários, mas que optamos por fazer o certo, por servir de exemplo a quem nos cerca, servir de inspiração às pessoas. Heróis escolhem fazer por si mesmos e pelos outros muito mais do que a maioria das pessoas faria. Heróis são aqueles que persistem firmes em busca de ser melhores a cada dia e que se dispõem a vivenciar com honra e AMOR, esta maravilhosa Odisséia, chamada VIDA. 

Dr. Jose´Carlos Carturan Filho é Cirurgião Dentista, Especialista em Medicina 
Comportamental e MBA em Gestão de Saúde e Mkt

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

1000

Fiquei positivamente surpreso ao receber a notícia de que esta seria a edição de número 1000 do querido Correio Paulista. Logo veio a idéia de escrever uma coluna sobre um assunto especial, que chamasse a atenção e fosse condizente com a importância histórica da data. Nada melhor e mais justo do que escrever sobre o jornal e a data comemorativa tão especial. Quando falamos em imprensa então, no Brasil, ah... este feito se torna ainda mais admirável.
Pode ver: 1000 gols de Pelé, de Romário (???), 1000 jogos de Rogério Ceni pelo São Paulo. Sempre é motivo de comemoração e registro.
Indo mais fundo na reflexão sobre a importância deste momento, pensei em minha vida profissional. Enquanto exerci a Odontologia creio que tenha atendido 1000 pacientes e agora que trabalho com treinamentos, palestras e cursos, certamente já tive a oportunidade de falar para 1000 pessoas. 
Entretanto, logicamente contando com a ajuda de parceiros, de companheiros e amigos, tratam-se de feitos pessoais. Já no caso do Correio Paulista talvez o grande desafio tenha sido o de democraticamente congregar sob um mesmo veículo, pontos de vista tão plurais e ainda assim manter sua linha mestra. 
Sou colaborador do Correio desde 2005 quando gentilmente fui convidado a ocupar um espaço para falar de saúde e qualidade de vida. Neste período, muitas coisas mudaram. No país, nos veículos de comunicação, na minha vida. E sou testemunha da busca constante dos profissionais em conseguir renovar-se e acompanhar a evolução sem deixar de lado a coerência e o profissionalismo. 
Ressalto que nestes 6 anos (caramba, já?) em nenhum momento fui cerceado ao emitir meus pontos de vista, meus comentários, ainda que muitos deles fossem talvez diferentes do que a maioria defendia. Agradeço a oportunidade em participar deste momento e de ter feito parte desta história. Pelo modo gentil, cordial, respeitoso e profissional como sempre fui tratado. Representado pelos Srs.Vítor e Wanderley Berrocozo e do competente e atencioso Gustavo Prachedes  cumprimento a todos os que fazem e fizeram parte desta caminhada. Parabéns pelas 1000 edições. E que venha a número 2000! 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Inimigo silencioso

Acontece com cada vez mais freqüência: A pessoa sente desânimo, tristeza sem motivo aparente, sensação constante de fadiga; Insônia ou pelo contrário, sono excessivo. Falta de prazer em atividades que anteriormente traziam satisfação. Sentimentos de culpa, dificuldades em concentrar-se e tomar decisões. Estes são apenas alguns sintomas da depressão, um inimigo que se torna mais comum a cada dia.
Para que tenhamos uma idéia, dados de 2008, divulgado nesta quarta-feira, revelam que a depressão é a quinta doença de maior ocorrência no Brasil, ficando atrás apenas das velhas conhecidas hipertensão, doença de coluna, artrite ou reumatismo e bronquite ou asma. Estima-se que cerca de 17 milhões de brasileiros tenham a doença. De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), mais de 75.000 trabalhadores são afastados anualmente de suas atividades em decorrência da depressão.
Os dados são ainda mais impressionantes quando considerados em âmbito mundial. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão atinge 121 milhões de pessoas ao redor do mundo e está entre as principais causas que contribuem para incapacitar um indivíduo. Por ano, a depressão esta ligada à morte de cerca de 250.000 pessoas. A Organização Mundial de Saúde estima que em pouco mais de 10 anos a depressão será a segunda doença mais comum no mundo, devendo atingir o primeiro lugar no ranking em 2030. Ela também será a maior responsável por mortes prematuras e anos produtivos perdidos, dado seu potencial incapacitante.
Há muito tempo a depressão já é uma das doenças que mais gera custos econômicos e sociais aos governos já que além dos gastos com tratamento, existem também as perdas na produção. 
Ainda que não exista até hoje uma explicação científica conclusiva, sabe-se que a mulher é mais sensível à depressão. Há algumas teorias, entre elas a que relaciona esse efeito aos hormônios femininos.
Para ser diagnosticada clinicamente como portadora de depressão, a pessoa não precisa estar com todos esses sintomas. As causas da depressão podem ser biológicas, por meio de desequilíbrios bioquímicos na produção e captação relacionados a hormônios e neurotransmissores. Além das causas biológicas, fatores ambientais relacionados ao cotidiano atribulado e à falta de qualidade de vida das pessoas. Fatores comportamentais como crenças limitantes, baixa auto estima, falta de auto confiança também são potencializadores da depressão. 
Felizmente há tratamentos eficazes por meio de medicamentos e principalmente pela ação de psicólogos preparados e que por meio de técnicas modernas conseguem resultados expressivos e rápidos na cura da doença. Em caso de dúvidas e caso existam alguns destes sintomas ocorrendo simultaneamente procure um profissional para auxiliá-lo. O diagnóstico precoce favorece consideravelmente no êxito do tratamento.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Como NÃO ter sucesso...


Já li nos mais diversos lugares, dos mais variados tipos, dos mais variados autores as famosas ‘Dicas para alcançar o sucesso’. Considero ‘dicas’ importantes, afinal são diretrizes simples de como em tese podemos alcançar determinado objetivo ou fazer algo de maneira adequada. 
Entretanto, quando falamos em sucesso, há dois pontos a se considerar. Primeiro: O conceito de sucesso é subjetivo ao extremo. Varia de pessoa para pessoa. Logo, as dicas não servem para todos. Segundo: Se fosse tão simples assim não haveria tantas pessoas com a vida tão enrolada e repleta de insucessos. Obviamente há vários outros fatores envolvidos em se ter ou não sucesso. As tais dicas podem ajudar-nos, mas serão apenas uma base, ainda mais em um mundo tão competitivo e dinâmico.
Desta forma, resolvi fazer o contrário: Vou apontar algumas ‘dicas para NÃO ter sucesso’. Se estou ficando louco? Acho que não. Só me propus a enumerar alguns fatos, algumas dicas que certamente afastarão você cada dia mais do tal ‘sucesso’, seja lá qual for o conceito de sucesso para você. Quanto maior a quantidade de pontos que você seguir, menor sua chance de ser bem sucedido. Está curioso? Então lá vai:
1 – Aja como um perdedor: Lamente, se queixe, reclame e fique sempre focado em seus problemas. Jamais busque soluções.
2- Trate as pessoas com desrespeito, impessoalidade, indiferença. Não de atenção a ninguém que não represente para você uma boa oportunidade de negócios. Considere-as meros números em sua estratégia.
3- Seja mal humorado, arrogante e mal educado. Viva se achando a ‘última bolacha do pacote’. Faça questão de não guardar o nome das pessoas, próximas ou não.
4- Deixe sua saúde para depois. Afinal, dinheiro, trabalho, TV, relatórios, ‘baladas’, bebida, cigarro são muito mais importantes.
5- Gaste seu dinheiro sem planejamento e critério. De preferência gaste bem mais do que ganha. Faça dívidas, muitas dívidas, principalmente no cartão de crédito. Faça crediários intermináveis e pague por uma coisa três vezes seu real valor.
6- Use constantemente frases do tipo: ‘Não sei’, ‘não posso’, ‘não consigo’, ‘não sei se vai dar’, ‘isso é muito difícil’.
7- Coloque a culpa de seus fracassos nos outros. Esta é fundamental. Jamais assuma seus erros e aprenda com eles.
8- Aja como vítima. Viva dizendo que ‘todos estão contra você’, ‘que nada dá certo, ‘que você é azarado’, etc, etc, etc
9- Esteja sempre distante de pessoas que ama, como familiares e amigos. Visite-os apenas para cumprir obrigação.
10- Deixe tudo para amanhã. Adie tudo o máximo que puder. Seja um procrastinador nato.
Viu só? Logicamente esta é uma brincadeira e um alerta. Perceba ao seu redor pessoas que adotam alguns destes comportamentos e veja em que condições elas se encontram. E se você estiver pensando: ‘Conheço alguns que fazem muitas destas coisas e obtém relativo sucesso’. Tenha certeza de que é algo fugaz, efêmero. Não se pode enganar as pessoas por muito tempo. E talvez o preço a ser pago por isso seja muito mais caro no futuro.